Comissão da prefeitura entendeu que a estátua era uma peça de publicidade de uma das patrocinadoras, ferindo a Lei Cidade Limpa
O Touro de Ouro, escultura que estava no centro de São Paulo, gerou uma multa de R$ 38 mil para a empresa responsável pela instalação.
O símbolo de Wall Street, no centro financeiro de Nova Iorque, foi colocado em frente à sede da Bolsa de Valores (B3) da capital paulista sem o aval da Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU).
A multa foi recomendada pela própria CPPU à empresa DMAIS Arquitetura e Construção, que também ordenou que o Touro de Ouro fosse removido por conter elementos de publicidade que faziam referência a um dos patrocinadores da obra.
Na multa aplicada pela Subprefeitura da Sé na terça-feira 29, a gestão municipal comunicou que a obra feriu o artigo 39 da Lei Cidade Limpa, “por instalar, colocar ou exibir anúncio publicitário, em imóvel público ou privado, edificado ou não, sem a necessária licença de anúncio”.
Reavaliação para a volta do Touro de Ouro
A estátua foi retirada da frente da B3 na terça-feira 23 e levada para um depósito. A decisão sobre a remoção foi tomada por cinco votos a quatro, entre os dez conselheiros da CPPU.
O arquiteto responsável pela empresa, Rafael Brancatelli, ingressou com um pedido de reavaliação pelo órgão sobre a exposição do Touro na cidade.
No pedido, Brancatelli afirma que precisa de mais prazo “para apresentar argumentos para explicar o caráter artístico e não publicitário da obra, podendo até talvez solicitar que a escultura seja itinerante” na cidade.
Por meio de nota, a gestão Ricardo Nunes (MDB) confirmou o pedido de reavaliação para a obra, mas disse que o órgão não tem prazo para reavaliar o caso.