“Doeu no coração ver Daniel Silveira preso”, diz Bolsonaro

A declaração foi dada pelo presidente durante um evento no Palácio do Planalto

Nesta quinta-feira (9), o presidente Jair Bolsonaro disparou críticas contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e contra decisões do ministro Alexandre de Moraes.

Sem citar o nome do magistrado, Bolsonaro criticou a prisão do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) e a abertura de um inquérito por uma declaração sobre a vacina da Covid-19 e a Aids.

As declarações foram feitas pelo chefe do Executivo federal no Palácio do Planalto, durante um evento pelo Dia Nacional contra a Corrupção.

Ao falar sobre o caso de Silveira, Bolsonaro disse que “doeu no coração” ver o deputado preso.

“Eu não posso entender um parlamentar ficar preso durante sete meses. E se errou, como todos nós podemos errar, a pena jamais seria essa. Qual o limite de certas pessoas no Brasil? Qual o limite dessas pessoas? Doeu no coração ver um colega preso. Será que queriam que eu tomasse medidas extremadas? Como é que ficaria o Brasil perante o mundo? Possíveis barreiras comerciais, problemas internos”, apontou.

Já sobre a live, Bolsonaro disse que apenas leu uma reportagem falando sobre a associação entre a Covid e o HIV.

“A que ponto chegamos. Abriram um inquérito por conta de uma live. Eu li um material que falava com relação de HIV com Covid. A que ponto nós chegamos? Será que vão querer bloquear as minhas mídias sociais? A mídia social que mais interage no mundo? Vão querer quebrar uma perna minha? Isso é democracia? Não é. Mas isso é jogar fora das quatro linhas. Por favor, não extrapolem”, ressaltou.

O presidente ainda falou sobre o pedido de extradição do jornalista Allan dos Santos e disparou críticas contra a imprensa.

“Nós temos acordo de extradição com alguns países. Mas está escrito o que é que você pode pedir a extradição ou concedê-la. Aqui se acha que, [por] qualquer motivo, me chamou de feio, de narigudo, de barrigudo, eu posso agora pedir a extradição dessa pessoa. Não é assim que funciona. Ou todos nós impomos o limite para nós mesmos, ou pode ter crise no Brasil. Apesar da grande mídia me acusar de provocar, agredir… não tem agressão minha. Eu levo 50 tiros de [arma de calibre] 762 [e], quando dou um de [arma de calibre] 22, estou provocando”, destacou.

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