Relatório argentino apontou supostas incongruências nas urnas eletrônicas.
Na tarde desta sexta-feira (4), políticos e eleitores foram surpreendidos com uma auditoria apresentada pelo canal argentino La Derecha Diário, que apresentou relatório com indícios de suposta fraude nas eleições.
No vídeo, que foi censurado pelo YouTube, o dono do canal, Fernando Cerimedo, apresenta dados segundo os quais levantariam incongruências nas urnas eletrônicas mais antigas ( de 2009, 2011, 2013, 2015) que supostamente registraram mais votos para o petista Luiz Inácio Lula da Silva, prejudicando Bolsonaro na eleição, especialmente no Nordeste.
O relatório apresenta um padrão na votação que teria favorecido o petista, o que fez esquentar o clima nas redes sociais e fortalece as manifestações de rua contra a volta de Lula ao poder. De acordo com o relatório, o modelo mais recente de urnas, de 2020, não teve o mesmo comportamento.
O documento ainda diz que existiriam ao menos dois diferentes softwares instalados nas urnas eletrônicas. Cerimedo diz que o relatório foi produzido em uma “auditoria privada”, que teria sido realizada por especialistas em “Data Analytics” e chegou em suas mãos porque “o TSE no Brasil proíbe os meios e as redes sociais de difundir qualquer dúvida sobre o resultado eleitoral”.
Em nota, TSE informou que “não é verdade que os modelos anteriores das urnas eletrônicas não passaram por procedimentos de auditoria e fiscalização”. “Os equipamentos antigos já estão em uso desde 2010 (para as urnas modelo 2009 e 2010) e todos foram utilizadas nas Eleições 2018. Nesse período, esses modelos de urna já foram submetidos a diversas análises e auditorias, tais como a Auditoria Especial do PSDB em 2015 e cinco edições do Teste Público de Segurança (2012, 2016, 2017, 2019 e 2021)”, informou o tribunal.