Ditadura da Venezuela fechou 15 rádios na última semana

Sindicato dos trabalhadores da imprensa diz que a medida é “ação arbitrária”

A Comissão Nacional de Telecomunicações (Conatel) da Venezuela ordenou na última semana o fechamento de 15 emissoras de rádio que operavam em três estados fronteiriços do país, segundo um relatório do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Imprensa (SNTP), atualizado neste sábado (22).

“Oito emissoras foram fechadas no estado de Táchira (fronteira com a Colômbia) por ordem da Conatel, sob o argumento de não habilitação”, disse o sindicato por meio de mensagem no Twitter, na qual critica a medida como uma “ação arbitrária”.

Com esses fechamentos, segundo a organização, 70% das emissoras da cidade de Rubio estão impedidas de transmitir e “as garantias de exercício da liberdade de expressão e acesso à informação ficam ainda mais fragilizadas”.

“Exigimos condições e processos justos para obter concessões e qualificações”, acrescentou a mensagem.

Na sexta-feira (21), o sindicato informou o fechamento de mais seis estações no estado de Zulia, também na fronteira com a Colômbia, um fato que ocorreu “em menos de 24 horas”.

“Já existem 15 estações suspensas em Zulia entre setembro e outubro”, lembrou o SNTP.

Além disso, na última terça-feira (18), segundo o grupo de trabalhadores de imprensa, a Conatel fechou uma emissora de rádio no estado de Sucre, localizado em frente ao mar do Caribe. Entre setembro e outubro, o SNTP documentou o fechamento de oito estações naquela região litorânea.

Na semana passada, o Colégio Nacional dos Jornalistas (CNP) denunciou o fechamento de 46 emissoras de rádio em sete estados do país, que foram retiradas do ar pelo regulador de telecomunicações nos últimos quatro meses.

O secretário-geral do CNP, Delvalle Canelón, explicou à agência EFE que esses fechamentos são realizados desde julho passado pela Conatel, que não apenas ordena que as estações saiam do ar, mas também “apreende o equipamento” de transmissão dessas plataformas, uma ação que qualificou como “roubo”.

Fonte: EFE

COMPARTILHAR