Protesto contra o regime foi sufocado pelo ditador Miguel Díaz-Canel
A forte repressão do regime cubano às manifestações contra o governo que estavam marcadas para segunda-feira 15 foi alvo de críticas dos Estados Unidos. O encarregado de assuntos relacionados à América Latina do Departamento de Estado norte-americano, Brian Nichols, afirmou nesta quarta-feira, 17, que a ditadura que comanda a ilha “tem medo de ouvir a voz” da população.
“É um sinal claro de que o regime cubano tem medo de ouvir a voz do seu próprio povo e de suas tentativas de reprimir seu legítimo desejo de democracia e de moldar seu próprio futuro”, disse Nichols em seu primeiro pronunciamento no Congresso desde que assumiu o cargo.
Indagado sobre quais seriam as ações de Washington em represália ao regime cubano, o diplomata lembrou que, desde os protestos de julho em Cuba, os EUA impuseram “quatro rodadas de sanções” contra as autoridades do país caribenho. “Continuaremos procurando oportunidades para enviar sinais concretos de apoio ao povo cubano”, afirmou.
Como noticiado, o protesto contra o regime cubano foi sufocado pelo ditador do país, Miguel Díaz-Canel. A manifestação tinha como bandeiras a libertação de presos políticos, o respeito aos direitos humanos e a defesa da democracia.
A presença policial nas ruas de Havana e em outras províncias, além da prisão de líderes da dissidência cubana, enfraqueceram o movimento organizado pelo grupo Arquipélago, que tem 37 mil membros. Segundo os organizadores, o governo comunista cortou o sinal de internet em pontos específicos para evitar a comunicação entre os manifestantes. As casas dos líderes do movimento também foram monitoradas por agentes da ditadura.