Durante live promovida pela União dos Advogados do Brasil (UNAB), a advogada Cláudia Duarte e Trinca, uma das diretoras entidade, questionou o jurista Ives Gandra Martins sobre pontos controversos da CPI da pandemia, também conhecida como ‘CPI do Circo’.
A advogada apontou que considera a abertura da CPI “extremamente inoportuna”, e lembrou que a pandemia atingiu o mundo todo e todos os países tinham poucas informações no início.
A advogada fez a seguinte observação: “É a primeira CPI que eu estou vendo que não fala de corrupção”.
A diretora da UNAB também enfatizou a suspeição de membros da CPI, em especial do relator, Renan Calheiros: “Ele é suspeito, o filho dele é governador, e obviamente que ele tem interesse na causa. Obviamente que ele tem interesse em transferir a responsabilidade para o ente federal e eximir o ente estadual”.
O jurista Ives Gandra Martins respondeu que não lhe cabia fazer juízos políticos, mas observou que o Supremo Tribunal Federal cometeu alguns “equívocos monumentais”, gerando profunda insegurança jurídica.
O jurista afirmou: “Dá a impressão de que o que se está querendo não é equacionar um problema de um magistrado, mas derrubar um governo”.
Ives Gandra Martins também relatou um fato que aconteceu com ele, quando foi abordado por um popular, que o questionou por elogiar ministros do Supremo.
O jurista observou: “O que me impressiona é que gente do povo está pensando isto. Na prática, é difícil mostrar para o povo que o Supremo não é favorável à corrupção”.