Nova primeira-ministra critica o globalismo, a ideologia de gênero nas escolas, os movimentos de esquerda e a União Europeia
A direita venceu na Itália nesta segunda-feira, 26, mostram pesquisas de boca de urna realizadas no país. A coalizão Irmãos da Itália, uma aliança de três partidos, deve conquistar mais de 60% dos assentos no Parlamento. Dessa forma, a líder dos conservadores, Giorgia Meloni, vai ser primeira-ministra.
“Se fomos escolhidos para governar este país, nós o faremos por todos os italianos, com a vontade de unir o povo e de nos concentrarmos naquilo que nos une, e não naquilo que nos divide”, disse Giorgia, em um discurso logo depois do anúncio dos resultados. “Chegou a hora da responsabilidade.”
Crítica da União Europeia (UE), Giorgia disse não temer a oposição da UE. A nova primeira-ministra é crítica do globalismo que, nas palavras dela, “visa considerar como inimigo tudo o que nos define, tudo o que moldou nossa identidade e civilização”. “A esquerda italiana esqueceu o mundo do trabalho para seguir uma agenda ideológica alheia ao cotidiano do homem comum”, afirmou, em entrevista publicada ontem no jornal Washington Post.
Giorgia defende a revisão de tratados com a UE e a substituição desses acordos por uma “confederação de Estados soberanos”. “Todos na Europa estão preocupados com Giorgia Meloni no governo”, declarou ela, referindo-se a si própria. “Acabou a festa, a Itália vai começar a defender seus interesses.”
Entre outras pautas, Giorgia apoia uma “direita pura e dura”, identifica-se com o lema “Deus, pátria e família” (o mesmo do presidente Bolsonaro) e promete lutar contra os movimentos LGBT+ e feminista, além da ideologia de gênero.