Chefe do Executivo voltou a afirmar que alguns governadores adotaram ‘estado de sítio’ no Brasil
O combate à covid-19 não pode ser politizado, defende o presidente Jair Bolsonaro. Ele disse ser necessário preocupar-se tanto com vidas quanto com empregos. “Devemos lutar é contra o vírus, e não contra o presidente”, afirmou o chefe do Executivo.
“Se ficar em lockdown 30 dias e acabar com o vírus, eu topo, mas sabemos que não vai acabar”, disse Bolsonaro nesta segunda-feira, 22, em evento no Palácio do Planalto.
O presidente voltou a comparar medidas restritivas determinadas por prefeitos e governadores a “estado de sítio” e afirmou que, de acordo com pesquisas sérias nos Estados Unidos, “a maior parte da população contrai o vírus em casa”.
Lockdown
Bolsonaro disse que alguns setores da sociedade querem que ele decrete lockdown nacional ou regional. Colocando-se contra a proposta, citou um integrante da OMS que afirmou que o fechamento da economia está tornando as pessoas pobres ainda mais pobres.
“Respeite a ciência, não deu certo. Não estou afrontando ninguém, estou seguindo a OMS. Não podemos transformar os pobres em mais pobres”, afirmou o presidente.
Vacinação
O presidente lembrou que, em valores absolutos, o Brasil é o quinto país que mais vacina contra a covid-19. Ele disse que queria mais imunizantes, mas, levando em consideração a disponibilidade no mundo, o governo fez um trabalho “excepcional”.
Bolsonaro também elogiou o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e disse estar otimista com a futura gestão de Marcelo Queiroga. Segundo ele, em breve o país será exportador de imunizantes contra o novo coronavírus.
Paulo Guedes
Bolsonaro elogiou Paulo Guedes, dizendo que o ministro da Economia aplica na hora certa os remédios para que o país mantenha os sinais vitais da atividade econômica. Ele comemorou a criação de empregos no ano da pandemia e afirmou que o auxílio emergencial foi o maior projeto social do mundo.