No ano passado, a CNN Brasil amargou um déficit de R$ 160 milhões e teve que dispensar 120 profissionais – um desastre total
Desorientada, a CNN Brasil bate cabeça tentando achar um caminho entre equilíbrio financeiro e a busca da audiência perdida. De início, a emissora tenta reduzir o valor de R$ 60 milhões por ano pelo uso da marca ‘CNN’.
O contrato dos direitos da marca CNN no Brasil tem vigência de 15 anos e com uma alta multa se for antecipado o seu fim. Ainda, segundo pessoas próximas ao negócio, dentro da CNN Brasil já avaliam diversos cenários inclusive a possibilidade de rescisão com a gigante americana.
Desde outubro de 2022, o cargo da presidência da CNN Brasil é ocupado por João Camargo, empresário conhecido no ramo de comunicação, chairman da Rádio Disney e acionista das rádios Alpha, BandNews FM, Nativa e 89 FM. Além de CEO do grupo Esfera Brasil. Porém, o proprietário é o empresário mineiro, Rubens Menin.
A difícil missão do executivo na CNN é baratear os custos da operação e aumentar o faturamento. No ano passado, a CNN Brasil amargou um déficit de R$ 160 milhões e teve que dispensar 120 profissionais – um desastre total.
Até o aluguel da suntuosa sede da emissora na Av. Paulista terá de ser renegociado.
“A CNN operava com 42% de custo administrativo. Não faz sentido o núcleo do negócio ter somente 58% do investimento. Em uma construtora a relação é de 6% em administrativo e 94% no núcleo. Espero chegar a pelo menos 85% do nosso custo investido no core, que é o jornalismo”, explicou Camargo.
Falta de aviso não foi, o dono da CNN Brasil, Rubens Menin, teve a chance de se livrar do canal de notícias, mas optou em não aceitar a proposta.
A situação foi no ano passado, quando o sócio minoritário, Douglas Tavolaro, tentou comprar suas cotas da empresa. Hoje, o empresário enfrenta uma crise na emissora, com mudança de gestão, cortes de gastos e demissões em massa.