Derrotado em 2018 e pré-candidato em 2022, Ciro Gomes pede à PGR interdição de Bolsonaro

Outro pedido semelhante foi feito pelo PDT em março

O Partido Democrático Trabalhista (PDT) entrou com uma nova ação junto à Procuradoria-Geral da República (PGR) para tentar interditar o presidente Jair Bolsonaro. O partido alega que Bolsonaro tem feito “novos acenos” ao autoritarismo. A ação é representada pelo pré-candidato à Presidência Ciro Gomes e pelo líder nacional do partido, Carlos Lupi.

O anúncio foi feio nesta terça-feira (10) no Twitter oficial da sigla, em uma mensagem com a frase “não aceitaremos qualquer ameaça à democracia”, seguida por emojis.

A ação vem na esteira do desfile de tanques que ocorreu nesta manhã em Brasília, com a participação de Bolsonaro. O evento gerou polêmica por ocorrer no mesmo dia da votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que define se haverá ou não voto impresso auditável nas eleições de 2022. A Marinha, porém, negou que as duas coisas tenham qualquer relação e informou que o desfile foi marcado antes da definição da agenda para a votação da PEC.

Este já é o segundo pedido de interdição de Bolsonaro protocolado pelo PDT. O primeiro foi feito em março deste ano. Na época, o argumento utilizado foi o de que a medida era necessária para “frear a conduta genocida” atribuída ao presidente durante a pandemia.

Ciro Gomes, representante do pedido, disse acreditar que irá disputar o segundo turno das eleições de 2022 contra o ex-presidiário Lula e tem se divulgado como uma terceira via eleitoral.

Terceiro lugar em 2018

No primeiro turno, o candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, ficou em terceiro lugar. Ex-governador do Ceará e ex-ministro da Integração Nacional, ele recebeu 13,3 milhões de votos (12,47%).

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