O carnaval está apenas começando e já vemos cenas de arrastões no Rio, em Salvador e brigas nos bloquinhos em São Paulo. Num cenário desses, soltar milhares de condenados para a ‘saidinha de carnaval’ (a impopular saída temporária) é uma afronta à sociedade brasileira que já sofre cotidianamente com índices absurdos de violência urbana.
Principalmente quando a taxa de fuga é alta. Não é incomum que muitos não retornem ao sistema prisional. O Brasil é o único pais no mundo com esse procedimento.
Radicalmente contrário à ideia de liberar detentos durante o Carnaval o deputado federal Sanderson (PL-RS) se pronunciou: “Estamos assistindo mais uma vez as saídas temporárias de presos condenados, que saem dos presídios, vão às ruas, muitos deles não voltam.”
Ele destaca que apesar do benefício ter previsão na lei de execuções penais, a alta incidência de crimes cometidos durante esses dias, retira a legitimidade da conservação do benefício, “não tem mais razão de ser”. “Esperamos que uma vez por todas, e o mais rápido possível, que o Senado delibere sobre o projeto que lá se encontra, e acabe com essas saidinhas, que é um anseio da população brasileira”.
O deputado federal Coronel Telhada (PP-SP) é outro crítico ferrenho do benefício, o parlamentar acredita que a saída temporária é um desserviço à sociedade.
“Nos aproximamos de mais uma famigerada saída temporária de presos no carnaval, os “saidões”, levando pânico à sociedade que precisa ficar “presa” em casa. Um tapa na cara do cidadão de bem que se torna refém desses bandidos”, afirmou Telhada.
Telhada também cobra celeridade do Senado na análise do tema: “Para votar enfim, pelo fim desse benefício bizarro que presta um desserviço à sociedade”, dispara o deputado.
A deputada federal Silvia Waiãpi (PL-AP) se soma aos colegas parlamentares sociedade mais uma vez ficará à mercê da criminalidade: “Sou completamente contra a saidões para datas comemorativas, que aliás, devem ser comemoradas pelos cidadãos de bem, e não pelos bandidos”, dispara.
Basta dar um Google para ver o numero enorme de crimes cometidos por presos em ‘saidinhas’ que vão de simples assaltos até homicídios e crimes hediondos contra menores. O custo beneficio é muito alto para a sociedade brasileira e, algum momento – as autoridades responsáveis, em seus palácios protegidos desses facínoras por seguranças armados – terão que ouvir esse clamor.