Yury do Paredão justificou que estava empolgado com a inauguração do sistema de bombas da transposição do Rio São Francisco
Expulso do Partido Liberal após posar para uma foto fazendo o “L” ao lado de ministros do governo Lula (PT), o deputado federal Yury do Paredão (PL-CE) alegou que fez o gesto em um “momento de alegria” pela inauguração do sistema de bombas da transposição do Rio São Francisco, no Ceará. Em entrevista ao jornal O Globo, o parlamentar disse que não esperava que a imagem vazaria para a imprensa.
“Não esperava que fosse [vazar a foto]. Foi um encontro democrático com os ministros de Lula. Na verdade, a foto foi um momento de alegria pela inauguração da bomba, mas respeito a decisão de Valdemar”, declarou o deputado.
A decisão pela expulsão foi anunciada pelo dirigente do partido, Valdemar Costa Neto, após reunião na manhã desta quinta-feira (20) com o deputado. Yury descreveu o encontro como “respeitoso e tranquilo”. Também disse que aguardará o final das diligências para determinar a qual partido se filiará.
“Vou continuar defendendo meu mandato, dialogando e estando junto com o governo caso ele atenda os interesses dos brasileiros. Já tem partidos me procurando”, assinalou, revelando ainda que considera a possibilidade de disputar a prefeitura de Juazeiro do Norte.
A polêmica imagem foi registrada no último dia 13, em um evento do governo federal para inaugurar o sistema de bombas da transposição do Rio São Francisco, em Salgueiro, no Ceará. Nela, também estão o secretário de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta, e o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes.
Além desse episódio, no último mês de maio, o deputado já havia recebido críticas por ter aparecido em foto com Lula, o ministro da Educação, Camilo Santana, o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), e o líder governista na Câmara, José Guimarães (PT-CE). Na ocasião, Yury criticou o “radicalismo” político e o “ódio”.
Nesta quinta, Valdemar anunciou a expulsão de Yury por ele “não comungar dos ideais” da legenda, que é de oposição ao governo e segue os ideais do adversário político de Lula (PT), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).