Deputado do PL que elogiou Lula pode ter que mudar de partido

Valdemar Costa Melo quer ouvir Yury do Paredão para entender o apoio ao presidente

O presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, disse que o deputado federal Yury do Paredão (PL-CE) pode ter que trocar de sigla após posar ao lado do presidente Lula.

Paredão recepcionou o petista na última sexta-feira (12), quando o acompanhou durante visita à cidade de Juazeiro do Norte (CE).

Na legenda, o parlamentar demonstrou interesse em trabalhar com o presidente e seus aliados para levar desenvolvimento para o município.

“É uma honra recepcionar o presidente Lula em Juazeiro do Norte, ao lado do senador e ministro da Educação, Camilo Santana, o governador do Ceará, Elmano Freitas, e o líder do Governo na Câmara, deputado Zé Guimarães. Estamos ansiosos para discutir ideias e soluções para o desenvolvimento do nosso estado. Juntos, podemos construir um Ceará mais forte e justo para todos”, escreveu Yury no Instagram.

Grande foi a repercussão dessa publicação, e Costa Neto resolveu comentar sobre a polêmica causada, dando a entender que o deputado pode ter que deixar o PL.

“Ainda não falei com o Yury, mas já adianto que se ele cumprimentou o Lula porque acha que ele governa do jeito certo, ele tem que sair do partido e procurar uma outra legenda, mas se cumprimentou por cordialidade e respeito a liturgia do cargo de Presidente da República, ele está correto. Oposição e ódio são coisas bem distintas. Somos oposição ao Lula e assim seguiremos”, afirmou.

YURY DO PAREDÃO SE DEFENDE

Antes mesmo de Costa Neto se pronunciar, Yury do Paredão usou o Twitter para se defender. Ele disse que não é favor de “conflitos radicais” e que é preciso superar os desafios sem servir ao radicalismo ou incentivar o ódio.

“Sobre os ataques que venho recebendo: exerço o meu mandato com diálogo, respeito e tolerância. Estou à disposição para ouvir as demandas da população e buscar soluções. O Brasil precisa olhar para frente. Os conflitos radicais não fazem bem ao povo brasileiro. A política é instrumento para a superação de desafios. Ela não deve servir ao radicalismo e nem incentivar o ódio. Sigo e olho para frente contribuindo para um país melhor para todos, com desenvolvimento econômico, inclusão social, respeito às instituições e democracia”, diz a nota.

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