Após 38 anos trabalhando em condições semelhantes à escravidão para uma família, Madalena Gordiano, de 47 anos. Depois de mover um processo pela ex-funcionária contra os ex-patrões, ela cobrava mais de dois milhões de reais em direitos trabalhistas. O Tribunal Regional do Trabalho da terceira região em Patos de Minas propôs, na última terça-feira, 13, uma quantia de R$ 690.100,00, que foi aceita.
O pagamento será feito depois da entrega do apartamento em que ela trabalhou, avaliado em R$ 600 mil. Além do imóvel, Madalena receberá o carro dos antigos patrões, um Hyundai, avaliado em R$ 70 mil, e mais R$ 20 mil.
O imóvel, contudo, acumula uma dívida embutida de R$ 180 mil. A defesa de Gordiano informou que este foi o maior acordo na história do MPT-MG sobre relações de trabalho análogos ao escravo.