Uma menina de 12 anos engravidou após estupro e desistiu de abortar; o DPE-PI indicou três defensores para o caso
A defensora pública Karla Cibele Teles de Mesquita Andrade, Coordenadora do Núcleo Especializado da Infância e da Juventude da Defensoria Pública do Estado do Piauí (DPE-PI), tem sido alvo de protestos de grupos pró-aborto por defender um bebê não nascido.
Em outubro do ano passado, Mesquita foi nomeada como defensora do nascituro quando a mãe do bebê, uma menina de 12 anos, que está grávida pela segunda vez após estupro, desistiu de realizar o aborto.
A DPE-PI indicou três defensores: sendo que um atuou em defesa dos interesses da menor, outro em defesa dos interesses do pai da menor e, por fim, outro membro atuou em defesa dos interesses do nascituro.
Mesquita foi alvo de um processo que pede sua cassação na Corregedoria Geral da Defensoria Pública do Estado do Piauí. Ela é acusada de agir ilegalmente em defesa do bebê não nascido. Há uma petição online para que ela não perca o cargo.
A ação da defensora a favor do bebê também foi criticada pela deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) que solicitou a presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que é exercida pela ministra Rosa Weber, que fosse expedida uma diretriz que impedisse a nomeação de defensores ou advogados para defender os direitos de fetos em casos de aborto.
A criança está em um abrigo em Teresina. Segundo o site ACI Digital, o primeiro filho dela tem um ano e é fruto do primeiro estupro cometido por um tio da menina.