Delegado Éder Mauro (PL-PA) não gostou do modo como a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) conduziu a oitiva do ex-diretor da PRF Silvinei Vasques
O deputado federal Éder Mauro (PL-PA) não gostou da forma como a relatora da CPMI do 8 de Janeiro, Eliziane Gama (PS-MA), conduziu a oitiva de Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
O depoimento estava na fase inicial, quando a relatora interpela o convidado na condição de testemunha. Até aquele momento, todas as perguntas que Eliziane fez não foram relacionadas diretamente ao objeto de convocação — que é a operação da PRF no Nordeste no segundo turno eleitoral, em 2022.
A relatora considera “essencial” investigar a operação da PRF, pois acredita que o 8 de janeiro começou meses antes dos ataques à sede dos Três Poderes. Entretanto, a oposição discorda e deseja investigar apenas o dia dos atos de depredação.
Na ocasião do bate-boca, Eliziane perguntava se Vasques foi condenado por ter ameaçado com um tiro na cabeça um frentista depois do homem se recusar a lavar uma viatura da PRF. O ex-diretor da corporação estava explicando o que teria acontecido, quando a relatora o interrompeu, alegando que ele deveria responder apenas com “sim” ou “não”.
Com o microfone desligado, Éder então gritou com Eliziane dizendo que ela estava “induzindo” as respostas de Vasques. Então outros parlamentares governistas entraram na discussão na CPMI, dizendo que o deputado estaria desrespeitando Eliziane.
Mauro continuou com as reclamações, e a relatora se irritou: “Cale a boca!”, disse Eliziane ao deputado.