Datena é processado por dizer que médica furou fila de vacina

Profissional da Saúde recebeu dose de imunizante na chamada “xepa” da vacina

O apresentador José Luiz Datena está sendo processado pela médica Viviane Reggiani, que teve seu nome divulgado em uma lista de pessoas que teriam furado a fila da vacinação em São Paulo, em fevereiro do ano passado. Além de Datena, o jornalista Agostinho Teixeira e a Bandeirantes também são alvos da ação judicial.

De acordo com o Splash do UOL, a médica recebeu uma ligação de Agostinho que mentiu sobre sua verdadeira identidade, afirmando ser um ouvidor da UBS (Unidade Básica de Saúde) Oswaldo Marasca Jr.

Sem saber que estava sendo gravada, ela disse ao jornalista que recebeu a primeira dose da vacina na unidade, retirada de um frasco que estava prestes a passar do tempo máximo de 6 horas que o imunizante leva para perder o efeito (a chamada “xepa”).

Reggiani afirma ainda que disse, na ocasião, que é médica, mas o fato sequer foi mencionado pela reportagem da Band. Com a ação, ela busca uma retratação da Band, de Datena e de Teixeira, bem como o direito de resposta, uma indenização de R$ 20 mil e a remoção da internet da matéria, de sua foto, de seu nome, de sua imagem e dos áudios, sob pena de multa diária.

A defesa da Band e de seus funcionários, por sua vez, alegam que a reportagem não contém nenhuma informação inverídica ou incorreta, nenhum conteúdo injurioso ou ofensivo nem apresenta manipulação dos fatos. Para a defesa, a reportagem se limitou a tornar públicas a apuração dos jornalistas.

Os advogados de Reggiani dizem que o governo estabeleceu que os médicos teriam preferência na vacinação contra a Covid-19 por atuarem na linha de frente, e que, por isso, sua cliente não teria feito nada de errado.

De acordo com os advogados, “não há nenhum ato ilícito praticado pela requerente (Reggiani), tampouco esta quis se aproveitar de alguma situação para ‘furar fila’, como dizem, de forma caluniosa e difamatória, os corréus [Band, Datena e Agostinho]”.

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