Daniel Silveira recoloca tornozeleira eletrônica

Mais cedo, o parlamentar compareceu a uma cerimônia no Palácio do Planalto

O deputado Daniel Silveira (União Brasil-RJ) foi à Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal na tarde desta quinta-feira, 30, e recolocou a tornozeleira eletrônica.

O parlamentar vinha resistindo a acatar a determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes defendendo que o caso deveria ser analisado pelo plenário da Câmara.

Silveira entrou de carro pela portaria principal da superintendência e não parou para falar com jornalistas. Ele se apresentou na PF acompanhado do deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS) e de seu advogado.

Não houve intercorrências na instalação do equipamento e, em seguida, o deputado voltou à Câmara dos Deputados. Segundo Moraes, ele pode se deslocar no Estado do Rio de Janeiro e em Brasília.

Daniel Silveira chegou a dormir uma noite na Casa para evitar a instalação do equipamento, mas decidiu acolher a ordem depois que Moraes endureceu as condições e determinou multa diária de R$ 15 mil e bloqueio de suas contas bancárias.

Mais cedo, o parlamentar compareceu a uma cerimônia no Palácio do Planalto. E justificou a medida: “Quando ele [Alexandre de Moras] determina bloqueio de bens e R$ 15 mil, quem vai pagar a multa diária para mim?”

Antes, ontem à noite, disse à Jovem Pan: “Não tenho caixinha de corrupção, eu não tenho secretaria, eu não tenho carguinho aqui e acolá, então é o meu salário”.
O caso

O deputado chegou a ser preso no ano passado sob a acusação de supostos atos antidemocráticos contra os juízes da Suprema Corte, após divulgar um vídeo com ataques aos ministros. Depois foi solto, mas com a imposição de medidas cautelares, como a proibição de acesso às redes sociais.

Na semana passada, Moraes acatou pedido da subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, para que o deputado volte a ser monitorado por tornozeleira eletrônica e seja proibido de participar de eventos públicos.

Ao pedir que ele use o equipamento eletrônico, Lindôra Araújo disse que os discursos proferidos pelo parlamentar ultrapassam o exercício do direito de crítica aos Poderes Constitucionais.

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