Dallagnol: ‘Lava Jato nunca quis pegar políticos, mas criminosos’

Deputado concedeu entrevista ao Pânico, da Jovem Pan

Em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, nesta segunda-feira (13), o deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) respondeu às críticas que a Lava Jato recebeu na política brasileira.

Ele que foi coordenador da operação afirmou que as investigações miravam o crime, não criminalizar a política.

“Quando a Lava Jato começou a se expandir e atingir Aécio Neves, Temer, existiu toda uma reação do sistema político. Foi frente àquilo que eles tinham cogitado em 2016, de estancar a sangria, de brecar a Lava Jato”, lembrou Dallagnol.

E continuou:

“A Lava Jato nunca foi antipolítica, apesar de que possa ter gerado um sentimento antipolítico. Ela nunca quis pegar políticos, ela quis pegar criminosos, onde quer que eles estivessem. Pessoas que existissem fortes indicativos de corrupção. Em vários momentos, a Lava Jato falou que a política era o único caminho, a democracia era o único caminho”, afirmou o parlamentar.

Ao falar sobre situações adversas que teve de enfrentar em sua vida nos últimos anos, além da vitória de Lira e Pacheco, Dallagnol revelou que o ato de sua posse foi angustiante.

“Era para ser um dia de alegria e de festa, mas para mim foi um dia muito difícil. Só não chorei, porque não tinha lugar para chorar”, declarou.

Ele também falou sobre quando foi condenado a indenizar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Em um momento anterior, o dia que fui condenado pelo STJ para indenizar o Lula. Eu estava vendo alguém condenado em três instâncias por corrupção sair impune, sem ter que devolver um centavo para a sociedade brasileira. Ao mesmo tempo, eu que tinha trabalhado contra a corrupção, feito meu trabalho, cumprido meu dever, ia ter que tirar o dinheiro da minha família e dos meus filhos para entregar a ele. Passei o dia frustrado”, finalizou.

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