Médica pede o pagamento de indenização no valor de R$ 100 mil por conta de “grave ofensa praticada” contra ela
A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, afirmou que ingressou com uma ação na Justiça por danos morais contra o senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI da Covid. A informação foi divulgada pela própria secretária em uma entrevista concedida ao programa Os Pingos Nos Is, da Jovem Pan, na segunda-feira (26).
Na conversa, a médica voltou a falar sobre o vazamento de seus dados pessoais pela comissão e afirmou que foi “desrespeitada, assediada e interrompida inúmeras vezes” por quase todos os senadores de oposição durante seu depoimento, no dia 20 de maio.
“Não bastasse o desrespeito com a quebra do meu sigilo e a divulgação dos dados, o senador Omar Aziz continua dando entrevistas e criando uma narrativa mentirosa, dizendo que eu sou desqualificada tecnicamente”, disse.
Na ação, a defesa de Mayra argumenta que Omar Aziz abusou de “sua função privilegiada para humilhar, discriminar e aniquilar a reputação” da médica e pedem o pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 100 mil, “pela grave ofensa praticada, de inestimável repercussão, contra o conceito e à imagem” da secretária do Ministério da Saúde.
Durante a entrevista concedida à Jovem Pan, a médica voltou a declarar que não cometeu nenhum crime e criticou a prorrogação da Comissão. De acordo com Mayra, o que o colegiado está fazendo é uma “construção de narrativas”.
“Desde o início, o que nós assistimos ali não é [a] uma CPI para apuração de competência do Ministério da Saúde. A gente está vendo uma construção de narrativas. Agora, com a prorrogação da CPI, são mais meses em que a população deixa de ter o ministério direcionado para o cumprimento das suas competências para ficar gastando energia e satisfazendo o ego de pessoas”, afirmou.
Questionada se pretende concorrer a algum cargo político nas eleições do próximo ano, Mayra disse não descartar a possibilidade. Entretanto, a médica afirmou que sua prioridade atualmente é terminar o trabalho no Ministério da Saúde.