Oficialmente, investigações terminariam na quinta-feira 14
Em uma vitória, a CPI do MST conseguiu prorrogar os trabalhos da comissão por mais uma semana. A decisão do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), acontece em resposta a uma série de reuniões e negociações com o presidente do colegiado, deputado Luciano Zucco (Republicanos-RS).
Oficialmente, os trabalhos da comissão terminariam na quinta-feira 14. Agora, com o prazo maior, a ideia é angariar mais tempo na elaboração do relatório final da CPI do MST e colocá-lo em votação.
A ala governista já enxergava a CPI como algo vencido. Depois da “dança das cadeiras” — promovida pelo centrão — que ajudou o governo, a oposição perdeu a maioria no colegiado, portanto, não conseguia mais aprovar os requerimentos considerados importantes.
“Apresentei as justificativas ao presidente Lira e ele demostrou sensibilidade com nosso pedido”, explicou Zucco em nota. “Agora vamos aproveitar esse tempo extra da melhor forma possível e entregar um relatório técnico e bastante fundamentado.”
Relatório da CPI do MST deve pedir o indiciamento de José Rainha
O relator da CPI do MST, deputado Ricardo Salles (PL-SP), vai pedir o indiciamento de, ao menos, cinco pessoas no relatório.
Entre elas estão o líder da Frente Nacional de Lutas, José Rainha, o deputado petista Valmir Assunção (BA) e Jaime Messias Silva, diretor-superintendente do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral).
O líder nacional do MST, João Pedro Stédile, deve ser poupado, pois a CPI não teria provas suficientes contra ele. Também ouvido pela comissão, o ex-ministro Gonçalves Dias, do Gabinete de Segurança Institucional, também não deve entrar na lista de indiciados.
Além disso, Salles pediu aos deputados da oposição, que são membros do colegiado, que sugerissem projetos de lei para incluir no relatório. A ideia é que as propostas endureçam as penas para invasores de terras e classifique a invasão de terras como terrorismo.