CPI da Covid aprova pedido de afastamento de Mayra Pinheiro

Requerimento pelo afastamento de secretária do Ministério da Saúde será enviado à Justiça

Nesta terça-feira (3), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid aprovou um pedido de afastamento da secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mayra Pinheiro, de seu cargo. O requerimento foi apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e será enviado à Justiça.

No pedido, Randolfe apontou que Mayra Pinheiro “mentiu ou entrou em contradição em ao menos 11 oportunidades” durante seu depoimento ao colegiado. Além disso, o vice-presidente da CPI informou que a permanência da secretária no cargo pode atrapalhar as investigações da comissão.

Mayra Pinheiro foi ouvida pelos senadores em maio.

Durante a sessão, o presidente da CPI também afirmou que a secretária não tem mais condições de permanecer no Ministério da Saúde. “Depois do que o Brasil assistiu, sinceramente, não dá para o ministro Marcelo Queiroga (Saúde) manter na sua equipe uma pessoa que pensa totalmente diferente da ciência”, destacou.

Mayra Pinheiro processa Omar Aziz por danos morais

Mayra Pinheiro, ingressou com uma ação na Justiça por danos morais contra o senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI da Covid. A informação foi divulgada pela própria secretária em uma entrevista concedida ao programa Os Pingos Nos Is, da Jovem Pan, na segunda-feira (26).

Na conversa, a médica voltou a falar sobre o vazamento de seus dados pessoais pela comissão e afirmou que foi “desrespeitada, assediada e interrompida inúmeras vezes” por quase todos os senadores de oposição durante seu depoimento, no dia 20 de maio.

“Não bastasse o desrespeito com a quebra do meu sigilo e a divulgação dos dados, o senador Omar Aziz continua dando entrevistas e criando uma narrativa mentirosa, dizendo que eu sou desqualificada tecnicamente”, disse.

Na ação, a defesa de Mayra argumenta que Omar Aziz abusou de “sua função privilegiada para humilhar, discriminar e aniquilar a reputação” da médica e pedem o pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 100 mil, “pela grave ofensa praticada, de inestimável repercussão, contra o conceito e à imagem” da secretária do Ministério da Saúde.

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