Se não fosse desmascarado, o esquema que, inicialmente, desviou R$ 49 milhões de reais na compra de respiradores que jamais foram entregues, se tornaria um novo Petrolão ou Mensalão
O presidente da CPI do Consórcio Nordeste, deputado estadual Kelps Lima (Solidariedade), confirmou, na noite desta quinta-feira (16), que o Partido dos Trabalhadores foi o centro de todo o escândalo de corrupção que se viu durante as ações de combate à pandemia do novo coronavírus.
Fraude, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, corrupção passiva e ativa e outros crimes foram constatados e, apesar de já serem investigados pelo Ministério Público e as Polícias Federal, Civil e Militar, devem ser intensificados e receber novos fatos a partir do trabalho realizado pela CPI, na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Norte.
Kelps Lima, resumiu o que se constatou nos trabalhos encerrados nesta semana:
“Terminou agora a votação da CPI do relatório final da CPI da covid no Consórcio Nordeste. Ficou claro que o Consórcio Nordeste se transformou em um agente de um projeto político nacional em que houve fraude, desvio de dinheiro público e favorecimento desse grupo político, inclusive com tentativa de doação pra cidade de Araraquara em São Paulo. Dois ex-ministros do governo Dilma – Carlos Gabas e Edinho do PT – dois governadores – Rui Costa, da Bahia, e Fátima Bezerra, do Rio Grande do Norte – foram indiciados, além do ex-chefe do governo da Casa Civil da Bahia, Bruno Dauster e do secretário de saúde do Rio Grande do Norte, Cipriano Maia. Todos junto com empresários e corretores de propina, indiciados pela perda e desvio de 50 milhões de reais do povo nordestino que seria para comprar respiradores e serviu para patrocinar um projeto político nacional”.
Se não fosse desmascarado, o esquema que, inicialmente, desviou R$ 49 milhões de reais na compra de respiradores que jamais foram entregues, se tornaria um novo Petrolão ou Mensalão, que durante mais de uma década desviou bilhões em dinheiro público, espalhando-se como um vírus por todo o país e para exterior, “em nome de um projeto político de poder”.
O fato é que ‘eles não tem cura’ e enquanto ocuparem cargos públicos, por menor que seja, continuarão dilapidando o Brasil e levando povo à miséria. O único remédio, como todos já sabem, é a prisão.