CoronaVac é a vacina mais rejeitada no Brasil, diz pesquisa

Levantamento mostra que mais de 70% dos municípios registram recusa de vacinas

Um levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CMN) mostra que cerca de 70% das cidades brasileiras registraram casos de pessoas que recusaram determinadas vacinas contra a Covid-19. A CoronaVac, desenvolvida pela chinesa Sinovac e fabricada pelo Instituto Butantan, figura no topo da rejeição, com 50,8%, seguida pela da Astrazeneca, com 38,3%. Já a da Pfizer aparece com 4,3% de rejeição.

O levantamento da CMN, divulgado nesta sexta-feira (16), apontou o aumento dos chamados “sommelier de vacinas”, ou seja, pessoas que escolhem a marca do imunizante contra a Covid-19. De acordo com a pesquisa, o número de cidades brasileiras que registram esses casos subiu para 75,5%.

A CNM questionou 2.715 prefeituras de todo o país. Destas, 1.868 relataram ter tido problemas com recusa de vacinas, 783 dizem que não enfrentaram essa situação e 64 não responderam ao questionamento.

Os imunizantes da Pfizer e da Janssen dominam a “preferência” dos brasileiros, apresentando rejeição mínima, de 1,9% e 3,3% respectivamente.

“Por razões distintas, as pessoas têm rejeitado alguns tipos de vacinas e preferido outras. A AstraZeneca foi a primeira vacina que sofreu com esse problema, quando surgiu a informação [de] que o imunizante poderia causar trombose. Agora as pessoas preferem a Pfizer e a Janssen. A primeira porque é bem aceita nos Estados Unidos e na Europa, e a segunda por ser uma dose única”, explicou Raphael Guimarães, pesquisador da Fiocruz, à rede CNN.

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