O deputado federal Éder Mauro, durante uma entrevista nesta terça-feira (6), exibida pelo canal Terça Livre, denunciou os inúmeros casos de corrupção que aconteceram no governo do Pará nos últimos meses.
Segundo o parlamentar, só a casa do governador do estado foi invadida duas vezes pela Polícia Federal, o Palácio do Governo duas vezes, três secretarias foram invadidas, três secretários foram presos, mais de 800 mil foram apreendidos na mão de um assistente do secretário de Saúde.
“É um oceano de desmando e roubalheira que hoje ocorre no estado do Pará. […] Através do ministro [Falcão] e do Ministério Público houve várias ações dentro do estado do Pará, várias ações em que a polícia esteve dentro da casa do governador, esteve no palácio do governo, em secretarias, apreendeu dinheiro, uma série de coisas”, apontou o deputado.
Mauro informou ainda que somente para o Estado do Pará, na questão da pandemia, o Governo Federal, do presidente Jair Bolsonaro, mandou mais de 40 bilhões. O deputado ressaltou que, proporcionalmente, o estado do Pará foi o que mais recebeu auxílio do Governo Federal na questão da pandemia.
“Além dos 40 bilhões em dinheiro, mandou só em auxílio emergencial mais de 14 bilhões. Mandou respiradores, leitos, mandou inclusive remédios, e os negacionistas da esquerda não aceitam o tratamento preventivo, o tratamento no início da doença, tudo isso foi para o estado do Pará”, ressaltou Mauro. “Em decorrência disso, vieram os escândalos que todos nós brasileiros vimos.”
“E isso não sou eu quem está falando, são os autos, é o relatório da Polícia Federal, são as medidas já tomadas pelo ministro Falcão, que chamam de organização criminosa pelas medidas que foram tomadas”, acrescentou o parlamentar.
Indignado, Éder Mauro também questionou como pode a Justiça do Pará aparentemente não fazer nada. “Foi apreendido grande quantidade de dinheiro, onde tem mais de R$ 1,3 bilhão desaparecidos, como consta nos autos e que todos nós tivemos conhecimento, porque foi público nas mídias sociais, onde o Palácio foi invadido, onde foram presas várias pessoas, inclusive secretários, e esse governador que deveria estar preso, sequer foi afastado pela Justiça?”, questionou o deputado.
“Esse é um absurdo que o povo paraense se pergunta, e que eu, como político, como deputado federal, colocado lá por uma parcela do povo do estado do Pará, pela credibilidade, pelo que fui durante 30 anos como policial na rua, não posso aceitar e entender que nada ainda foi tomado de providência nesse sentido”, finalizou o parlamentar.