Com mortes e internações em queda, prefeito de Chapecó critica lockdown e defende tratamento precoce

‘Eu dou liberdade e apoio os médicos da minha cidade que querem fazer o tratamento precoce. O resultado está aí’, afirma João Rodrigues

O prefeito de Chapecó (SC), João Rodrigues (PSD), criticou o lockdown e defendeu o tratamento precoce no enfrentamento da pandemia de covid-19. Em entrevista ao programa Opinião no Ar, exibido nesta terça-feira, 06, pela RedeTV!, Rodrigues disse que, de 5,5 mil casos de covid-19 no dia 5 de março, Chapecó tem hoje pouco mais de 300.

A cidade tinha 185 pacientes internados há um mês — este número caiu para 29. No início de março, morriam de 12 a 18 pessoas por dia no município e, hoje, a média diária de mortes é de 2 a 3.

“Eu assumi o mandato em janeiro, quando explodiu essa nova cepa, que é devastadora e muito veloz. Lotou os hospitais, não tinha espaço para atendimento em enfermaria”, recordou o prefeito. Segundo ele, o segredo do sucesso foi a combinação entre o “tratamento imediato ou precoce” e a “testagem rápida na população”. “Em 20 minutos, identificamos quem estava doente e tratamos imediatamente”, afirma.

“É um case que deu resultado sem quebrar a economia da cidade de Chapecó. Nossa economia está bombando”, prossegue o prefeito. “Sem lockdown. Fizemos apenas uma paralisação parcial de 14 dias em fevereiro para montar as estruturas de atendimento ao povo. A covid está sob controle. Ela existe, está presente, mas nós estamos controlando. […] Eu dou liberdade e apoio os médicos da minha cidade que querem fazer o tratamento precoce. O resultado está aí. Os números são incontestáveis.”

Ataques a Bolsonaro

Na entrevista, Rodrigues também comentou os ataques direcionados ao presidente Jair Bolsonaro, especialmente por setores da imprensa, por causa da atuação do governo federal durante a pandemia. “Eu convivi com o presidente Bolsonaro como deputado. Eu não imaginei que o escárnio promovido no Brasil seria desse patamar”, diz.

“Quando eu comentei que em Chapecó o resultado é pelo conjunto da obra, pelo tratamento imediato, pela testagem rápida, menos pelo lockdown, eles [jornalistas] não aceitam. A mídia nacional não se importa. Quanto mais mortes, para ela, melhor, para derrubar o presidente. É uma gente do mal que não está preocupada com as vidas”, completa.

Com informações da Revista Oeste

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