Com Jean Wyllys, Daniela Mercury e outros esquerdistas, Alexandre de Moraes afirma que ‘a extrema direita tenta se eleger para corroer as instituições’

Ministro do STF participou de seminário com Jean Wyllys, Orlando Silva, Daniela Mercury e Federico Finchelstein

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, participou, nesta terça-feira (23), do III Encontro Virtual Sobre Liberdade de Expressão, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O magistrado foi o responsável por decretar a prisão de figuras como o deputado federal Daniel Silveira, o ex-presidente nacional do PTB Roberto Jefferson e o jornalista Oswaldo Eustáquio, em inquéritos que apuram declarações e atos considerados antidemocráticos.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes disse que “uma nova extrema direita” está invadindo o poder. O objetivo: corroer as instituições democráticas. Segundo Moraes, “ideólogos norte-americanos criaram a ideia de se corroer o poder a partir de eleições, a partir da assunção do poder pelas vias democráticas, mas se corroer de tal forma que pudesse simplesmente afastar qualquer tipo de oposição, qualquer tipo de ideia contrária”.

O juiz do STF disse ainda que há um fenômeno mundial de fake news. “Estamos percebendo, não só no Brasil, a questão de fake news, mas também na Europa, principalmente Hungria, Polônia, e a própria realidade dos EUA”, observou. “É que se está confundindo liberdade de expressão com desinformação.”

Conforme o magistrado, “há pessoas que simplesmente esqueceram o porquê da liberdade de expressão”. “A liberdade de expressão existe para garantir a diversidade, para garantir a democracia”, disse. Moraes é criticado por mandar prender o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) depois de críticas ao STF.

Participaram do seminário o ex-deputado federal Jean Wyllys (PT-RJ), o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP), a cantora de esquerda Daniela Mercury e o historiador argentino Federico Finchelstein, apoiador do presidente da Argentina, Alberto Fernández — todos críticos de Bolsonaro.

Com informações da Revista Oeste

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