Presidenciável afirmou que mudança só divide a população
O candidato à Presidência da República, Ciro Gomes (PDT) se posicionou contrário à chamada “linguagem neutra”, adotada por pessoas não binárias, ou seja, que não se identificam com o gênero masculino, tampouco o feminino. Segundo o pedetista, medidas como essa só dividem o país.
“Tenha santa paciência. Pode ser que eu esteja ficando velho, mas isso só nos divide. Quero unir o Brasil”, pontuou, durante entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, nesta segunda-feira (5).
O cearense também teceu críticas à esquerda brasileira que, para ele, tem errado ao copiar o “esquerdismo à moda americana”, “hiperfragmentando” a sociedade.
“Os americanos jamais puderam defender o socialismo, o marxismo, mas eles têm aquele pulso solidário. Daí vou falar de negro, de mulher, de meio ambiente, como se fossem assuntos separados, e não falo mais em superação da miséria, da desigualdade na proporção justa das mulheres, dos negros, que de fato sofrem dobrado”, prosseguiu.
Para Ciro, é “baboseira achar que a hiperfragmentação de uma agenda da sociedade vai dar em superação da miséria e desigualdade”. Entretanto, o presidenciável afirmou ser “solidário” nas questões identitárias.
“Meu papel é mostrar que não há contradição em ser solidário nessas questões identitárias. Eu sou”, assinalou.