Ex-governador do Ceará afirmou que ex-presidente está “tomado de ódio”
Em entrevista ao jornal O Globo publicada neste domingo (18), o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, criticou o Partido dos Trabalhadores (PT) e o ex-presidente Luiz Inácio da Silva. Ele afirmou que nunca mais pretende fazer uma aliança com o PT e apontou que Lula “está tomado de ódio” e com “vontade de se vingar”.
Ciro abordou o assunto ao ser questionado sobre uma viagem que fez para Paris, na França, após o primeiro turno das eleições em 2018. Ele então disse não ter se arrependido e afirmou que faria hoje com mais convicção.
– Pelo contrário. Eu faria hoje com muito mais convicção. Em 2018, fiz com grande angústia. Aquela eleição já estava perdida. Mesmo somando meus votos com os do Haddad, não alcançaríamos Bolsonaro. Lula mentiu para o povo dizendo que era candidato quando todos sabiam que não seria. Manipulou até 22 dias antes da eleição, deixando parte da população excitada – afimoru
O político falou sobre o último encontro que teve com Lula, em setembro de 2020.
– Foi nosso último encontro. Depois, nem por telefone. Naquela ocasião, estava um extremo azedume entre as nossas militâncias. E o Camilo Santana fez esforço enorme para unificar. Achei que devia colaborar. Mas Lula virou uma pessoa que, o que diz de manhã, já não serve de tarde. Está tomado de ódio. Tudo o que domina Lula hoje é a vontade de se vingar. Lula tem cinismo. A gente faz monitoramento de rede. Eles continuam atacando a mim e a outras pessoas na blogosfera. Lula dá a ordem, eles fazem. Se existe gabinete do ódio com Bolsonaro, com o PT é igualzinho – destacou.
Ciro Gomes disse que não receberá apoio do ex-presidente e apontou inconsistências de Lula.
– O lulopetista fanático não me apoiará. Prefere Bolsonaro. E falo isso como alguém que foi contra o golpe de estado contra Dilma, apesar de ela ter desastrado o país. No Senado, Renan Calheiros e Eunício Oliveira apoiaram o impeachment. Aí, eu parto para cima dessa gente. E, um ano depois, lá está Lula agarrado a eles. E ainda tem quem ache que devo alguma coisa ao PT. Nunca mais faço aliança com eles – ressaltou.