A skatista trans Luiza Marchiori, 30 anos, é investigada por violência psicológica, violência doméstica, ameaça, lesão corporal dolosa e importunação sexual contra menor de idade. Cinco mulheres denunciaram a atleta que é conhecida como uma promessa nos campeonatos de skate femininos.
Destas, quatro são ex-namoradas de Luiza e os relacionamentos aconteceram quando a skatista ainda se apresentava como homem. Já a quinta vítima era menor de idade na época do assédio e não se relacionou amorosamente com ela, que era como uma “tutora” no esporte. As informações são do F5.
As vítimas relatam que os relacionamentos ocorreram entre os anos de 2011 e 2021. Todas as quatro maiores de idade dizem que Luiza teria forçado que elas usassem roupas masculinas e as coagiram a cortar os cabelos. Elas ainda era proibidas de usar maquiagem e acessórios. Para a lei, trata-se de violência psicológica.
A quinta vítima diz que tinha 14 anos na época e Luiza 22, e que teria sido coagida a tocar no órgão sexual masculino da atleta e a dormir na mesma cama que ela. Todas as vítimas são representadas pela mesma advogada, Bruna Brigoni.
“A grande maioria passou por agressões físicas”, declarou ela, citando relatos de que Luiza tinha comportamento ciumento, controlador e hostil com suas namoradas.
As ocorrências foram registradas entre os meses de junho e julho deste ano na Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso da Polícia Civil de Florianópolis (SC). O Ministério Público de Santa Catarina autorizou a abertura dos inquéritos e a investigação agora corre em sigilo. Luiza, porém, nega todas as acusações.
A defesa da skatista levanta a hipótese de “transfobia”, dizendo que há um “complô” contra ela.
“Trata-se de um ataque transfóbico. A partir do momento em que a Luiza fez a transição de gênero e decidiu competir no skate, os ataques começaram”, declarou a advogada Larissa Krétzër.