A China começou a projetar a estação em 1992, quando as ambições espaciais do país se concretizavam
A China lançou, nesta quinta-feira (29), o módulo principal da sua primeira estação espacial permanente, que visa a hospedar astronautas a longo prazo.
O módulo Tianhe foi lançado ao espaço pelo foguete Longa Marcha 5B, a partir do Centro de Lançamento de Wenchang, na ilha de Hainan, extremo sul do país.
Este é o primeiro lançamento de 11 missões necessárias para construir e abastecer a estação e enviar uma tripulação de três pessoas até o fim do próximo ano.
O programa espacial do regime comunista também trouxe de volta as primeiras amostras lunares em mais de 40 anos e espera pousar uma sonda e um rover (veículo de exploração espacial) na superfície de Marte no próximo mês.
O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, junto com outros líderes civis e militares, assistiu ao lançamento, do centro de controle, em Pequim.
O módulo central é a secção da estação, onde os astronautas podem viver por um período de até seis meses. Mais dez lançamentos vão enviar ainda dois módulos, usados pelas futuras tripulações para fazer experiências, suprimentos de carga e quatro missões com tripulação.
Pelo menos 12 astronautas estão em treinamento para viver na estação, incluindo veteranos de missões anteriores. A primeira missão tripulada, a Shenzhou-12, está prevista para junho.
Quando concluída, no fim de 2022, a Estação Espacial Chinesa deverá pesar cerca de 66 toneladas, consideravelmente menor do que a Estação Espacial Internacional, que lançou o seu primeiro módulo em 1998 e pesará cerca de 450 toneladas.