Os carros elétricos provavelmente estão abandonados desde fevereiro
A empresa chinesa Pand-Auto funcionava até pouco tempo como uma espécie de Uber elétrico – uma plataforma de transporte particular que trabalhava com sua própria frota de veículos elétricos em diversas cidades chinesas. Sua falência e o fim de suas atividades, porém, criou um inacreditável cenário: um imenso cemitério de automóveis, todos idênticos e imundos, abandonados em milhares em um estacionamento como símbolos de mais uma bolha de consumo que explode deixando um rastro de desperdício e poluição.
O serviço foi inaugurado em 2015, e ao longo dos anos funcionou com mais de 20 mil veículos e 4 milhões de usuários, espalhados por 12 cidades chinesas. A empreitada parecia fadada ao sucesso, e em 2018 a empresa se uniu em parceria com outra firma, a Lifan Group, responsável pela fabricação dos veículos utilizados no serviço, para lançar o primeiro programa de viagens em veículos autônomos da cidade de Xunquim, na China. O teste durou um mês, e os resultados foram decepcionantes, levando a iniciativa a ser descontinuada – o pior, porém, estava por vir.