Delação e quebra de sigilos tornaram possível desvendar o esquema do PCC contra Sergio Moro
Nesta quinta-feira (23), a juíza Gabriela Hardt, da 9ª Vara Federal de Curitiba (PR), retirou o sigilo da decisão que autorizou a prisão de 11 suspeitos de planejar ataques contra o senador Sergio Moro (União-PR).
Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos pela Polícia Federal por intermédio da Operação Sequaz, na qual 120 policiais federais cumpriram 24 mandados de busca e apreensão, sete mandados de prisão preventiva e quatro mandados de prisão temporária em Mato Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo e Paraná.
A operação usou depoimentos de um delator que deu detalhes sobre o esquema milionário que foi criado para atacar o ex-juiz e também o promotor de Justiça de São Paulo, Lincoln Gakiya.
Entre as provas usadas para chegar aos indiciados estão quebra de sigilo telefônico, conversas de mensagens no celular e emails.
Hardt entendeu que Moro era um dos alvos porque “alçou notoriedade pelo combate ao crime organizado à frente da ‘lava jato’”, ela se refere à Portaria 157/2019, do Ministério da Justiça, que culminou na Lei “anticrime” (Lei 13.964/2019), restringindo as visitas em presídios federais ao parlatório e à videoconferência. Na época, Moro era ministro da Justiça no governo Bolsonaro.