João Alberto foi morto em uma unidade do Rio Grande do Sul
O Grupo Carrefour anunciou, nesta quarta-feira (28), que depositou, “deliberadamente”, a quantia de R$ 1 milhão para Milena Alves, viúva de João Alberto Silveira Freitas, o João Beto, morto em novembro do ano passado por seguranças de uma unidade do supermercado, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
O depósito foi realizado em uma conta judicial aberta somente para este fim. A quantia já está disponível para uso. Milena era a única parente de João Beto que ainda estava negociando uma indenização.
– O valor é a soma do patamar máximo por danos morais fixado pelo Supremo Tribunal de Justiça para casos como este e de um valor referente aos danos materiais, independentemente da comprovação que seria necessária em caso de litígio, e que geraria novos custos à viúva – explicou o Carrefour em comunicado à imprensa.
A rede também afirmou ter depositado outros R$ 100 mil na conta bancária pessoal de Milena para “gastos mais urgentes”.
O depósito, no entanto, ocorreu de maneira “deliberada” porque Milena já havia recusado proposta de mesmo valor, R$ 1 milhão. Os advogados da viúva pedem na Justiça um valor entre R$ 10 milhões e R$ 15 milhões, a título de reparação por danos materiais e morais.
Além de Milena, o Carrefour já havia indenizado oito familiares de João Beto, sendo os quatro filhos dele; o pai, João Batista Rodrigues Freitas; a irmã, a enteada e a neta. Os valores não foram divulgados.
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul indiciou seis pessoas pela morte de João Beto.