Decisão foi tomada neste sábado, 5, pelo ministro Gilmar Mendes, do STF
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou neste sábado, 5, que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) preste depoimento imediatamente com relação a possíveis crimes cometidos no sábado 29, véspera da eleição, em São Paulo.
Em vídeo publicado em suas redes sociais, no sábado, após a confusão, Zabelli disse que “um homem negro me empurrou no chão, mas eram várias pessoas”.
“Estava saindo do restaurante e vários homens e uma mulher se aproximaram de mim. Eles me empurraram no chão, me machucaram e me xingaram de prostituta. Um deles se evadiu, saquei a arma e saí atrás dele armada e ele pediu desculpas, mas começou a me xingar novamente e tiraram ele de perto de mim”.
O ministro Gilmar Mendes atendeu em parte um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que defendeu ser necessária uma apuração preliminar dos fatos antes de decidir sobre a investigação. Gilmar determinou que a PGR ouça de forma “imediata” Zambelli, o que poderá ser feito inclusive por videoconferência, mas a data, contudo, não foi definida ainda. O ministro advertiu que, se o depoimento demorar a ser feito, as investigações poderão prosseguir à revelia.
O pedido de inquérito contra a parlamentar se sustenta em resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de setembro deste ano, que proibiu o transporte de armas por colecionadores, atiradores e caçadores no dia das eleições, e nas 24 horas que antecedem e 24 horas posteriores ao pleito.