Carla Zambelli tem perfis bloqueados nas redes sociais

Alexandre de Moraes constrói um código de inibições, diz a parlamentar

O Twitter suspendeu nesta terça-feira, 1º, a conta da deputada Carla Zambelli (PL-SP). Ao acessar o perfil da parlamentar, que é uma das principais apoiadoras do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), a plataforma informa que a “conta foi retida no Brasil, em resposta a uma demanda legal”. Na prática, a plataforma está cumprindo uma determinação judicial.

A parlamentar possuía 9.524.500 seguidores, divididos em sete redes sociais (Youtube, Facebook, Instagram, Twitter, Telegram, TikTok e LinkedIn. Somente no Twitter são mais de 2 milhões de seguidores. De acordo com a deputada, a suspensão de suas contas ocorreu devido a uma decisão do Superior Tribunal Eleitoral (TSE).

“O Parlamento está sendo violado, censurado e calado”, afirmou ela, por meio de nota.

A nota alega que, devido ao bloqueio, a deputada ficará incomunicável, uma vez que seus aplicativos de mensagem instantânea, como o seu WhatsApp, foram bloqueados, após a deputada ter tido seus dados vazados no último fim de semana. “Quando se vive em uma ditadura, a primeira coisa é a tentativa de calar as vozes da oposição”, critica a parlamentar.

Nesta segunda-feira, 31, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o procurador-geral da República, Augusto Aras, se manifeste em até três dia sobre duas petições em que advogados e deputados federais do Partido dos Trabalhadores (PT) apresentam notícia de fato relativo a possíveis crimes cometidos no sábado 29, véspera da eleição, em São Paulo, pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).

As petições ingressadas no STF descrevem os fatos relacionados à perseguição de Zambelli a um militante de oposição ao governo Bolsonaro, com arma em punho, pelas ruas da capital paulista, e pedem a instauração de inquérito, com aplicação de medidas cautelares e a realização de diligências. Nesta terça-feira, o Psol ingressou com um pedido de cassação da parlamentar no Conselho de Ética da Câmara.

Twitter também bloqueou contas de Valadão

Outro apoiador do presidente da República, o pastor André Valadão, da Igreja Batista da Lagoinha, também teve removidas sua conta no Twitter e a do Instagram, nesta terça-feira. No Instagram, ele tinha mais de 5,5 milhões de seguidores.

Poucos dias antes da eleição, Valadão se envolveu em uma polêmica com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Lula (PT), candidato à Presidência. Na quarta-feira 19, Valadão publicou nas redes sociais um vídeo se retratando com o ex-presidente. Conforme o pastor, a Corte Eleitoral havia pedido a publicação.

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