Capitão Alberto Neto afirma que Manaus é palco de ‘atos terroristas’

Deputado classifica policiais do Amazonas como ‘heróis’ na guerra contra o tráfico e pede legislação mais severa

Em entrevista ao programa Opinião no Ar, exibido nesta terça-feira, 8, pela RedeTV!, o deputado federal Capitão Alberto Neto (Republicanos-AM) afirmou que Manaus vem sofrendo com atos de terrorismo praticados por facções criminosas, em especial o Comando Vermelho. Nos últimos dias, a capital amazonense foi palco de uma série de ataques violentos. Como noticiado, o governo federal autorizou o envio da Força Nacional para o Estado.

“O Amazonas é um estado estratégico. Além da floresta, fazemos fronteiras com os maiores produtores de drogas do mundo. Os traficantes utilizam a facilidade do transporte aquaviário. É uma rota muito disputada”, afirmou o parlamentar. “A Polícia Militar tentou prender o maior traficante do Comando Vermelho no Amazonas. […] Eles [os criminosos] estão tentando se vingar, com atos de terrorismo, agências bancárias sendo incendiadas, mais de 15 ônibus foram incendiados e a frota parou na segunda-feira. Tivemos delegacias sendo metralhadas. Foram cenas de terror.”

De acordo com o deputado, o Comando Vermelho “está se sentindo ameaçado” pela ação da polícia amazonense no combate ao tráfico. “Nossos policiais são heróis. Mesmo com pouco equipamento, com pouco efetivo, eles vão para o confronto, vão para a guerra. Nessa guerra, eles mataram o principal líder da organização criminosa que hoje domina o Estado do Amazonas”, relatou o parlamentar.

Mudanças na legislação

Durante a entrevista, Capitão Alberto Neto defendeu alterações na legislação que, segundo ele, é muito branda com os criminosos. “A Constituição acabou desvirtuando o tratamento penal no país, voltando-se para os bandidos e se esquecendo das vítimas. Hoje, os criminosos se sentem à vontade para atacar e afrontar o Estado. Nós precisamos mudar a nossa legislação”, afirmou. “No curto prazo, estamos trabalhando no novo Código de Processo Penal, para tornar a legislação mais simples e mais rigorosa. Vai ser uma luta intensa. Existe uma ala no Congresso Nacional que gosta de defender bandido”, completou o deputado.

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