Candidato da Direita dá surra de votos em candidato da esquerda paraguaio; Pesquisas mentiram

Peña é um economista com formação nos Estados Unidos e passagem pelo Fundo Monetário Internacional

O economista Santiago Peña, de 44 anos, foi eleito presidente do Paraguai nas eleições realizadas no último domingo (30). Peña, filiado ao Partido Colorado, assumirá o cargo em 15 de agosto, com mandato de cinco anos.

Com 99,89% das urnas apuradas, Peña recebeu 42,74% dos votos, seguido por Efraín Alegre, da coalizão de esquerda, com 27,48%, e Payo Cubas, com 22,92%. A Justiça Eleitoral confirmou o resultado.

Mesmo antes da confirmação oficial, o atual presidente, Mario Abdo Benitez, do mesmo partido de Peña, parabenizou o colega pelo resultado nas redes sociais. Peña também afirmou que é o vencedor.

A disputa era esperada, já que Alegre havia conseguido formar uma coalizão ampla e aparecia bem nas pesquisas. Durante a campanha, Alegre mencionou as acusações de corrupção feitas contra Horacio Cartes, ex-presidente e líder do Partido Colorado, e chamou-o de “Pablo Escobar do Paraguai”. Peña, que foi ministro da Fazenda de Cartes, teve que dar explicações sobre o assunto.

Peña é um economista com formação nos Estados Unidos e passagem pelo Fundo Monetário Internacional. Foi ministro da Fazenda do Paraguai durante o governo de Cartes e se filiou ao Partido Colorado nesse período.

Ele reconheceu as divisões partidárias em seu discurso de encerramento da campanha e prometeu ser um “símbolo da unidade partidária”. Peña é pai adolescente e teve um filho aos 17 anos, enquanto ainda estava na escola.

O presidente eleito manteve sua posição em relação a Taiwan e recebeu parabéns do presidente Lula e de Alberto Fernández, presidente da Argentina. Peña já conversou com Fernández pelo telefone após o resultado da votação.

Essa é a segunda vez que Peña se candidata, tendo perdido as primárias do Partido Colorado em 2018 para o atual presidente, Mario Abdo Benítez.

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