Brasileiras presas injustamente na Alemanha são soltas

Jeanne Paollini e Kátyna Baía foram presas após terem as malas trocadas no Aeroporto de Guarulhos

As brasileiras Jeanne Paollini e Kátyna Baía, que estavam presas na cidade alemã de Frankfurt desde o dia 5 de março após terem as malas trocadas por bagagens com droga, foram soltas nesta terça-feira (11). As duas receberam a liberdade após o Ministério Público alemão entender que elas não tinham qualquer envolvimento com o tráfico de drogas.

A advogada Chayane Kuss de Souza, responsável pela defesa das brasileiras, informou que elas foram inocentadas e, por isso, não precisaram esperar nenhum trâmite processual. No país europeu, diferentemente do Brasil, o Ministério Público pode autorizar esse tipo de liberação sem precisar passar por um juiz.

“Não precisa de chancela do juiz (…). Na Alemanha funciona assim. A legislação permite que quando o Ministério Público arquiva o processo, que peça então que sejam liberadas”, explicou a advogada de Jeanne e Kátyna.

As autoridades do Brasil já haviam enviado provas para as autoridades alemãs de que as brasileiras eram inocentes. Na última semana, a Polícia Federal deflagrou uma operação para combater a ação dos criminosos em trocas de bagagem. Na ocasião, os responsáveis pela investigação confirmaram que Jeanne e Kátyna foram vítimas de criminosos.

SOBRE O CASO

Jeanne e Kátyna ficaram presas injustamente por mais de um mês na Alemanha por tráfico de drogas após terem malas trocadas no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, por funcionários de empresas terceirizadas que prestam serviços para empresas aéreas. As etiquetas das malas que as mulheres despacharam foram colocadas em outras bagagens, que levavam 40 quilos de cocaína.

Imagens de câmeras do aeroporto mostraram o momento em que um funcionário trocou as etiquetas de identificação das malas de Kátyna e Jeanne, que depois seguiram para Frankfurt, na Alemanha. Com isso, após 14 horas de viagem, as brasileiras foram paradas pela polícia alemã e presas em flagrante por tráfico internacional de drogas.

As duas então tentaram explicar que não eram donas das malas que foram apreendidas pelos policiais, mas não adiantou, já que os nomes delas estavam nas etiquetas coladas nas bagagens.

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