A seleção brasileira superou nesta segunda-feira (28) a sempre incômoda Suíça por 1 a 0, pela segunda rodada do grupo G da Copa do Mundo. A vitória garantiu classificação antecipada para as oitavas de final.
Esta foi a terceira vez que os pentacampeões encararam os suíços na competição e a primeira em que saíram com vitória. Em 1950, em casa, o placar terminou em 2 a 2. Já em 2018, na Rússia, houve empate em 1 a 1.
Para derrubar o tabu, foi preciso um artilheiro incomum na partida disputada no estádio 974, em Doha: o volante Casemiro, que balançou a rede aos 38 minutos do segundo tempo. Esta foi apenas a sétima vez, em 67 jogos, que o jogador do Manchester United marcou pela seleção.
VAGA ANTECIPADA
Com a vitória de hoje, o Brasil tornou-se a segunda seleção a garantir classificação às oitavas de final da Copa no Qatar, repetindo o que a França já havia feito. Os comandados por Tite chegaram a seis pontos e abriram três de frente para os suíços.
Como Camarões e Sérvia empataram em 3 a 3, a seleção só poderá ser alcançada na última rodada pelos próprios suíços. Um empate no terceiro jogo da chave valerá a liderança do grupo G.
Os pentacampeões voltarão a campo na próxima sexta (2) para enfrentar os camaroneses no estádio Lusail. Simultaneamente, sérvios e suíços duelarão no estádio 974.
BRASIL DESFALCADO
Para o jogo desta segunda, a seleção brasileira chegou com dois desfalques – Neymar e Danilo. As escolhas dos dois substitutos acabaram se tornando verdadeiras novelas que só tiveram desfecho nesta segunda, com a divulgação da escalação oficial.
O principal astro dos pentacampeões deu lugar ao volante Fred, o que representou uma formação mais cautelosa, com Lucas Paquetá atuando mais avançado no meio. Na defesa, o polivalente zagueiro Éder Militão ganhou disputa com o veterano Daniel Alves e foi para o jogo.
Na Suíça, o técnico Murat Yakin também procurou reforçar o setor de meio, promovendo a saída do meia-atacante Xherdan Shaqiri, talvez o jogador mais conhecido do elenco, para a entrada do meia Fabian Rieder.
INÍCIO MORNO
Com a bola rolando, as escolhas dos dois comandantes representaram um jogo mais amarrado, de poucos espaços para os jogadores mais talentosos e, por consequência, menos oportunidades claras de gol.
Tanto é, que o primeiro lance de perigo na partida veio apenas aos 27 do primeiro tempo, em rara escapada de Raphinha que cruzou da direita para Vinicius Júnior emendar de primeira e obrigar Sommer a fazer grande defesa.
Aos 31, de novo Raphinha apareceu bem, tabelou com Militão e, da entrada da área, arriscou chute para surpreender o goleiro suíço, que agarrou a bola com segurança e não a soltou mais.
Na reta final do primeiro tempo, a Suíça até tentou arriscar ir ao ataque, mas sem causar sustos. O momento de maior apreensão, aliás, acabou sendo um rápido e incomum apagão no estádio 974, que ficou alguns segundos às escuras antes do intervalo.
VITÓRIA SUADA
Para a etapa complementar, Tite voltou a utilizar a formação do primeiro jogo, com a entrada de Rodrygo no lugar de Lucas Paquetá, que perdeu dois treinos desta semana por causa de uma gripe e teve atuação apagada nos primeiros 45 minutos.
Quem assustou no início do segundo tempo, contudo, foi a Suíça. Aos 8 minutos, Widmer recebeu na direita, disparou e bateu para o meio da área, procurando Xhaka. Atento, Marquinhos travou e impediu a finalização do adversário.
Com a Suíça mais atrevida, o Brasil começou a ter mais espaços na frente, e Richarlison ficou a centímetros de marcar aos 11, quando Vinicius Júnior cruzou para a área, e o Pombo se esticou todo, mas não conseguiu tocar na bola.
Aos 19, a seleção balançou a rede, com Vinicius Júnior, após belo passe de Casemiro, mas o árbitro salvadorenho Iván Barton recebeu informação do VAR de que Richarlison voltava de posição irregular ao disputar uma bola na jogada, o que acabou invalidando o gol.
Dominante, mas pouco efetiva, aos 38, enfim, a seleção conseguiu abrir o placar. Após trama paciente, de pé em pé, Vinicius Júnior recebeu na esquerda e rolou para Rodrygo dar toque de primeira e achar Casemiro, que soltou uma bomba para superar Sommer e definir o placar.
O Brasil quase ampliou no fim, com Rodrygo, em chute que desviou na zaga. Depois, conseguiu controlar a bola em seu ataque até o apito final.