Produção ocorrerá com energia eólica gerada em mar aberto
O Brasil terá condições de ser um grande exportador de hidrogênio verde. É o que disse o presidente Jair Messias Bolsonaro na segunda sessão plenária da 9ª Cúpula das Américas, realizada nos Estados Unidos. A reunião ocorreu sexta-feira 11.
De acordo com o presidente, o país tem um potencial de produção excedente de energia eólica no mar “equivalente a 50 usinas de Itaipu”.
Bolsonaro lembrou que o Brasil sempre foi pioneiro na transição energética, “tendo iniciado a descarbonização há quase meio século, com biocombustíveis e outras fontes”. “Em 2021, batemos recordes de instalação de energia eólica, com 21 gigawatts (GW), e solar, com 14 gigawatts (GW).
Hoje, 85% da energia gerada no Brasil vem de fontes renováveis”, acrescentou antes de falar sobre as expectativas de geração eólica com as offshores (estruturas instaladas no mar).
“Temos o potencial de produção excedente de energia eólica no mar, na ordem de 700 GW, equivalente a quatro vezes nossa atual capacidade instalada, ou a 50 Itaipus”, afirmou o presidente. “As eólicas na costa do nosso Nordeste poderão produzir hidrogênio e amônia verde para exportação. Nesse momento em que países desenvolvidos recorrem a combustíveis fósseis, o Brasil assume papel fundamental como fornecedor de energia totalmente limpa, rumo a uma nova economia neutra em emissões.”
Hidrogênio verde
O hidrogênio é uma fonte que requer uma grande quantidade de energia para ser produzido. Caso o processo de produção ocorra alimentada por meios renováveis, ele recebe o nome “hidrogênio verde”. Segundo a Agência Brasil, o país pretende usar a eletricidades obtida a partir de offshores eólicas para a produção desse hidrogênio combustível.