Brasil vai fechar fronteira para 6 países da África, anuncia Ciro Nogueira

‘Vamos resguardar os brasileiros nessa nova fase da pandemia’, afirmou o ministro-chefe da Casa Civil

O ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), anunciou na noite desta sexta-feira, 26, que o governo brasileiro decidiu fechar a sua fronteira aérea para seis países da África, em virtude da nova variante do coronavírus.

“Vamos resguardar os brasileiros nessa nova fase da pandemia”, tuitou. “Portaria será publicada amanhã e deverá vigorar a partir de segunda-feira”.

O ministro informou que a decisão de fechar a fronteira para esses países foi tomada em conjunto e será assinada pela Casa Civil, Ministério da Infraestrutura, Ministério da Saúde e Ministério da Justiça.

A restrição atingirá os passageiros oriundos de: África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue e atende a uma recomendação da Anvisa.

Mais cedo, no Rio de Janeiro, o presidente Jair Bolsonaro disse que adotará “medidas racionais” em relação à nova variante do coronavírus, que surgiu na África do Sul. Ele descartou a possibilidade de lockdown ou fechamento de fronteiras.

Bolsonaro afirmou que conversou com o presidente da Anvisa, almirante Antônio Barra Torres, e com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), sobre as medidas a serem tomadas.

“Tudo pode acontecer, uma nova variante, um novo vírus. Mas o Brasil e o mundo não aguentam um novo lockdown, seria condenar todos à miséria, que leva à morte também. Temos que encarar a realidade sem se apavorar”, disse.

A nova variante, nomeada de Omicron, foi encontrada inicialmente na África do Su e é motivo de preocupação entre cientistas e autoridades. Com mais de 50 mutações diferentes, a nova cepa já é considerada por especialistas a “mais significativa” encontrada até agora.

Parte das mudanças foi identificada na proteína spike, a “chave” que o vírus usa para entrar nas células e que é alvo da maioria das vacinas. Isso aumenta a preocupação de que a variante possa “escapar” da proteção conferida pelos imunizantes desenvolvidos até agora.

Fonte: Revista Oeste

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