Brasil tem queda na inflação em maio com ajuda de recuo na energia

Índice calculado pelo IBGE fica em 0,47% no mês, impactado pela passagem à bandeira verde na conta de luz

A inflação de maio no Brasil ficou em 0,47%, segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados nesta quinta-feira, 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O patamar divulgado nesta quinta representa uma queda em relação à inflação de abril, que foi de 1,06%. O número também é inferior ao registrado em maio de 2021, de 0,83%.

Também é a menor variação mensal do IPCA desde abril do ano passado, quando o índice ficou em 0,31%.

Com o resultado de maio, o IPCA está em 4,78% no ano. Nos últimos 12 meses, a inflação acumulada é de 11,73%, abaixo dos 12,13% registrados no mês anterior. O índice acumulado de um ano segue acima do nível de 10% pelo nono mês seguido.

Queda na energia elétrica

O único grupo a apresentar queda em maio foi habitação, com -1,7%, beneficiado principalmente pelo recuo do preço da energia elétrica (-7,9%). Em abril foi abolida a taxa extra de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos, relativa à bandeira escassez hídrica, passando a vigorar a bandeira verde, em que não há cobrança adicional na conta de luz.

O maior impacto para a inflação do mês veio dos transportes, que subiram 1,34%, em razão da alta de 18,3% no preço das passagens aéreas. Já os combustíveis tiveram variação de preços de 1%, abaixo da alta de 3,2% do mês anterior.

O segundo maior impacto no mês veio da saúde e cuidados pessoais, com inflação de 1%. Os produtos farmacêuticos, que tiveram alta de preços de 2,5% no período, foram, junto com as passagens aéreas, o item que mais pesou no IPCA de maio.

Os alimentos tiveram inflação de 0,48%, bem abaixo dos 2% do mês anterior. Alguns itens tiveram queda de preços, como tomate (-23,7%), batata-inglesa (-3,9%) e cenoura (-24%). Apesar disso, alguns produtos apresentaram alta, como o leite longa vida (4,6%) e a cebola (21,3%).

A inflação de maio para cada grupo pesquisado pelo IBGE

  • Alimentação e bebidas: 0,48%
  • Habitação: -1,7%
  • Artigos de residência: 0,66%
  • Vestuário: 2,11%
  • Transportes: 1,34%
  • Saúde e cuidados pessoais: 1,01%
  • Despesas pessoais: 0,52%
  • Educação: 0,04%
  • Comunicação: 0,72%
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