Brasil Paralelo sobre quebra de sigilo: “Não temos o que temer”

Produtora ressaltou que não recebe dinheiro público e que contas da empresa são abertas

Indicada com uma das empresas que pode ter o sigilo fiscal quebrado a pedido da CPI da Covid, a produtora Brasil Paralelo se posicionou, na noite de sábado (31), a respeito do assunto. Em um vídeo exibido nas redes sociais da empresa, o cofundador Filipe Valerim afirmou que a Brasil Paralelo “não tem nada a esconder”.

“As finanças da empresa são auditadas pela maior empresa de auditoria do mundo, a Ernst & Young, e a nossa política de não receber dinheiro público faz parte do nosso programa de compliance implementado pela multinacional Grant Thornton”, ressaltou Valerim.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 deve votar, na próxima terça-feira (3), oito requerimentos de quebra de sigilo, entre eles o da Rádio Jovem Pan, de sites conservadores, e também de produtoras, incluindo a Brasil Paralelo. Os requerimentos foram do relator Renan Calheiros (MDB) e do senador Humberto Costa (PT).

Ainda sobre a possível quebra de sigilo, a Brasil Paralelo informou que “tudo o que os políticos da CPI quiserem saber” sobre as receitas da empresa será disponibilizado ao colegiado. A produtora fez questão de destacar que seu faturamento sempre foi público, inclusive sendo apresentado em uma reportagem do jornal Folha de São Paulo.

“Queremos deixar claro, eles podem pedir o que quiserem, somos uma empresa séria, com mais de 130 colaboradores, já produzimos mais de 60 documentários e disponibilizamos cerca de 250 cursos sobre história, filosofia, economia, ciência política, arte e música. Temos mais de 200 mil membros assinantes”, apontou.

Além de fazer sua defesa, a produtora também questionou a atitude dos senadores. No vídeo, Filipe Valerim diz que a empresa paga “milhões de reais em impostos para financiar essa estrutura estatal que em função de suas brigas político-partidárias usa informações explicitamente falsas para prejudicar” a produtora.

“Se esses políticos querem mobilizar o poder do Estado para ter acesso a nossas contas bancárias, não temos o que temer. Além disso, se a investigação se confirmar, estamos ansiosos para depor na CPI. Até hoje, todos os que tentaram usar a estratégia de difamação contra a Brasil Paralelo, ainda que conseguissem manchetes de jornais, perderam na Justiça’, ressaltou Filipe.

O cofundador finalizou o vídeo afirmando que “talvez, o incômodo de alguns com a Brasil Paralelo seja explicado pelo fato de nos medirem com sua própria régua. Usar o dinheiro público para atender o interesse de um político que está no poder é a única forma que conhecem de trabalhar”.

“Nunca estivemos dispostos a negociar nossas convicções em troca de recursos financeiros ou disputas políticas, contamos com o apoio dos nossos membros e de todos que admiram o nosso trabalho. Continuamos comprometidos com a busca pela verdade, com o resgate dos bons valores, ideias e sentimentos no coração de todos os brasileiros”, completou.

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