Brasil governado por Lula, não vai propor sanções aos terroristas do Hamas no Conselho de Segurança da ONU

Diplomacia brasileira está na presidência rotativa do órgão

Como presidente temporário do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil não vai propor qualquer sanção à organização terrorista Hamas, que fez um ataque sem precedentes a Israel no sábado 7. Além disso, o grupo assassinou e sequestrou centenas de civis.

De acordo com fontes do governo Lula ouvidas pela coluna de Malu Gaspar, do jornal O Globo, não há nenhuma intenção do Brasil — que ocupa neste mês a presidência rotativa do Conselho de Segurança — de levar ao órgão uma cobrança feita constantemente: a inclusão do Hamas na lista de grupos terroristas da ONU. A relação inclui organizações como o Estado Islâmico, o Boko Haram e a al-Qaeda.

O conselho até agora não se reuniu oficialmente para tomar uma posição sobre a guerra iniciada com o ataque do grupo terrorista. No domingo 7, depois de uma convocação emergencial, um enviado especial das Nações Unidas ao Oriente Médio apresentou informações sobre a situação na região.

Brasil não marcou reunião para discutir conflito no Conselho de Segurança 

Uma reunião para discutir a eventual sanção ao Hamas ou a inclusão na lista das organizações terroristas não foi marcada. E se depender do Brasil, assim prosseguirá. Segundo O Globo, o Itamaraty quer evitar que um impasse prejudique o trabalho de resgate dos cidadãos de outros países ou futuras iniciativas para a negociação de um acordo de paz.

Por isso, os objetivos da diplomação brasileira seria obter um cessar-fogo para poder retirar as pessoas das áreas conflagradas e a libertação dos reféns do Hamas e deixar a discussão de qualquer sanção para depois — quando provavelmente o Brasil já não estará mais na presidência rotativa do conselho. O mandato temporário se estende pelo mês de outubro.

Ministro de Lula recebeu apoiador do Hamas no Planalto

Analistas afirmam que dificilmente o Conselho de Segurança da ONU condenará enfaticamente o Hamas porque China e Rússia, membros com direito a veto, são aliados do Irã, cuja proximidade com a organização terrorista da Palestina é notória.

Também são membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU os Estados Unidos, o Reino Unido e a França. Há dez membros temporários.

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