Líder do PSOL na Câmara deu declarações nesta terça-feira
Nesta terça-feira (7), o líder do PSOL na Câmara, Guilherme Boulos (SP) disse que o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, é um “infiltrado” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que faz “boicote” à economia com a manutenção da taxa básica de juros do país, a Selic, em 13,75% ao ano.
“O Campos Neto é um infiltrado no governo Lula, um infiltrado do ex-ministro da Economia Paulo Guedes, um infiltrado do Bolsonaro. É um cara que não deixa a taxa de juros baixar. Tem um interesse, na minha opinião, de boicote à economia, à geração de empregos, à retomada do crescimento econômico”, disse Boulos.
A declaração foi dada no Salão Verde da Câmara.
“Não dá para você ter o povo escolhendo na urna um caminho e a política monetária ouvindo o mercado, não refletindo esse mesmo caminho. Isso é uma contradição e um problema desse modelo de autonomia do Banco Central”, acrescentou.
Ele também usou as redes sociais para criticar Campos Neto.
A bancada do PSOL, que apoia o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, deve apresentar um requerimento de convite para Campos Neto explicar na Câmara a política de juros adotada pelo BC. O partido também vai protocolar um projeto de lei para revogar a autonomia da instituição, aprovada pelo Congresso em 2021.
A lei da autonomia do BC impede que Campos Neto seja convocado por parlamentares, o que levou à escolha do PSOL por requerimento de convite. No caso de ministros de Estado, os deputados costumam iniciar a pressão por meio de requerimentos de convocação.