Ex-presidente acredita que texto pode prejudicar os “já sofridos pagadores de impostos”
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou as redes sociais a fim de fazer um apelo para que parlamentares votem contra a “reforma tributária do Lula”. Em postagem no Twitter nesta quinta-feira (6), ele expressou “preocupações com os já sofridos pagadores de impostos”.
“Não à reforma tributária do PT. O texto final da PEC somente ficará pronto hoje, por volta das 18h. A pressa em votá-lo só nos traz mais preocupações com os já sofridos pagadores de impostos. A todos aqueles que se elegeram com nossa bandeira de “Deus, Pátria, Família e Liberdade”, peço que votem contra a PEC da reforma tributária do Lula”, escreveu o ex-chefe do Executivo.
Na publicação, Bolsonaro negou que o Partido dos Trabalhadores (PT) defenda os menos abastados e enumerou críticas à legenda:
“O PT não defende os mais pobres (na Câmara votaram contra o parcelamento dos precatórios, quase inviabilizando o Bolsa-Família passar para R$ 600,00). Não respeitam a propriedade privada, pois estimulam o MST a levar o terror ao campo. Desarmam o cidadão de bem, mas não os criminosos. Desrespeitam as famílias, pois apoiam a ideologia de gênero. Eles apenas desejam o poder absoluto a qualquer preço, para atender à sua ideologia e dos amigos ditadores. Lembro ainda que o PT deseja taxar o Pix, retornar com a cobrança do DPVAT e criar imposto sobre herança”, elencou o ex-presidente.
A reforma deve ser votada nesta quinta-feira (6) e precisa de dois terços de apoio na Câmara para passar. Parte dos parlamentares são resistentes à proposta, especialmente congressistas apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro no PL.
O texto também é alvo da insatisfação de prefeitos e governadores, já que unificaria o ICMS estadual e o ISS municipal em um único tributo: o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). Antes crítico da proposta, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), mudou de postura e declarou apoiar 95% da proposta, nesta quarta (5), após reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).