Bolsonaro: Se o povo for às ruas, o Exército não vai reprimir nem por ordem do Papa

Nas últimas semanas, os rumores sobre um possível decreto de Estado de Defesa por parte do presidente Jair Bolsonaro, empregando o Exército Brasileiro para essa finalidade, surgiram no seio da sociedade e de alguns movimentos pró-governo de forma acirrada diante da insatisfação popular com medidas decretadas nos estados e municípios contra a pandemia do coronavírus.

O presidente negou que tivesse a intenção de tomar essa decisão, mas também deixou claro que se houver uma revolta popular contra esses decretos, ele não acionará o Exército para reprimir a população, nem mesmo “por ordem do Papa”.

“Jamais adotaria o lockdown no Brasil. E digo mais, o meu Exército não vai pra rua pra cumprir decreto de governadores. Se o povo começar a sair, entrar na desobediência civil e começar a sair de casa, não adianta pedir pro meu Exército. Não vai, nem por ordem do papa”, afirmou o presidente esta semana a um grupo de apoiadores no Alvorada.

Em outras palavras, o presidente está firmando de forma clara que qualquer reação popular contrária aos decretos considerados por muitos abusivos, a responsabilidade pelo problema será exclusivamente dos governadores e prefeitos, não podendo contar com qualquer iniciativa federal no tocante à repressão do povo.

Aparentemente, o presidente fez essa declaração como um alerta aos gestores estaduais, ao mesmo tempo, também, como um sinal de apoio à população em caso de “desobediência civil”, como ele mesmo exemplificou.

Enquanto isso, a tensão entre os trabalhadores e fiscais dos decretos de lockdown só aumenta no país. Abaixo, comerciantes aparecem revoltados contra uma ação de repressão que resultou na prisão de um comerciante, no Pará.

Com informações do site Agentes Federais

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