Ex-presidente reafirma inocência em suposto plano de golpe de Estado
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro negou, na sexta-feira 16, sua participação em um suposto plano de golpe de Estado. Diálogos revelados pela revista Veja e obtidos pela Polícia Federal (PF) no celular do ex-ajudante de ordens do ex-presidente, Mauro Cid, mostram uma discussão sobre o tema.
Em comunicado enviado aos veículos de imprensa, os advogados de Bolsonaro reafirmaram sua inocência. Eles disseram ainda que as conversas verificadas no celular de Cid ressaltam a ausência do ex-presidente nas discussões sobre eventual intervenção militar.
“Os novos diálogos revelados pela revista Veja comprovam, mais uma vez, que o presidente Bolsonaro jamais participou de qualquer conversa sobre um suposto golpe de Estado”, diz a nota.
A defesa argumenta ainda que pessoas procuravam Cid para fazer lamentações sobre diversos assuntos.
“Registramos, ainda, que o ajudante de ordens, pela função exercida, recebia todas as demandas — pedidos de agendamento, recados etc — que deveriam chegar ao presidente da República”, explicam os advogados. “O celular dele, portanto, por diversas ocasiões se transformou numa simples caixa de correspondência que registrava as mais diversas lamentações.”
Bolsonaro compartilhou em seus perfis nas redes sociais a nota da sua defesa.
CPI do 8 de Janeiro
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a liberação de presos pela Corte para depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do 8 de Janeiro. Esse colegiado é dirigido pela Câmara Legislativa do Distrito Federal.
O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Cid está entre os presos autorizados a comparecer na CPI.