O presidente Jair Bolsonaro (PL) entrou com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo que os votos de cinco modelos de urnas sejam invalidados. São estes os modelos: 2009, 2010, 2011, 2013 e 2015.
Protocolado na segunda-feira 21, o documento só foi divulgado nesta terça-feira, 22. Os modelos em questão somam pouco mais de 350 mil equipamentos.
Na ação, a coligação de Bolsonaro cita uma auditoria realizada pelo Instituto Voto Legal (IVL). “Foram constatadas evidências contundentes do mau funcionamento das urnas eletrônicas através de eventos registrados nos arquivos logs de urna”, informou o grupo.
“Apenas as urnas eletrônicas modelo UE2020 geraram arquivos log com o número correto do respectivo código de identificação”, mostrou o documento. O modelo de 2020 corresponde a quase 225 mil urnas, representando 40% do total.
Durante uma coletiva de imprensa do PL, o engenheiro Carlos Rocha, do IVL, que participou da elaboração do relatório, explicou que o log da urna é parecido com um “diário” e que cada linha presente no log registra uma atividade de cada equipamento.
“O programa que constrói o log lê dois dados e duas informações do hardware”, disse Rocha. O engenheiro buscou uma plataforma de dados com todos os arquivos do log para montar uma tabela, a fim de analisar cada equipamento.
“Em algumas urnas apareciam um número inválido”, afirmou o engenheiro. “Constatamos que exitem dois comportamentos diferentes nas urnas novas [modelo 2020]”, declarou. “Nela, o código de identificação da urna é correto, mas o das urnas antigas, de 2009 até 2015, encontramos um número invalido na quarta coluna do log. É difícil assimilar o código ao hadware.”